COMO APLIQUEI O MINIMALISMO NA PRÁTICA?

Como apliquei o Minimalismo na Prática? Se você está esperando que eu diga que eu fiz coisas simples e fáceis e me libertei dos excessos sem dificuldades, dores ou sem cometer erros, bom, eu já vou abrir o jogo logo de cara para que você não crie expectativas.

Eu não sou perfeita, não, ninguém aqui é, mas é tão bom quando a gente consegue perceber nossos erros e aprender com eles, não é? Melhor ainda quando podemos compartilhar essas experiências e ajudar os outros a não cometerem os mesmos erros. E é isso o que vou fazer agorinha nesse artigo.

Você não está sozinha, eu errei, testei e hoje vou te contar como foi meu processo de pôr o minimalismo em prática.

MINIMALISMO: COMO COMEÇAR?

Como apliquei o minimalismo na prática

Como apliquei o minimalismo na prática

Quantos aqui conheceram o minimalismo através de um vídeo, de alguma matéria, ou de algum conteúdo que viu nas redes sociais? Me conta aqui nos comentários como você chegou até esse estilo de vida?

Muita gente, ao conhecer o minimalismo, já vai atrás de mais informações, maratona vídeos, compra livros, entra pra grupos do assuntos relacionados e, quando acha que sabe tudo para pôr em prática, trava. Vê a casa virar uma bagunça sem fim, não sabe onde doar, como vender, se vê cometendo erros e acaba abandonando o processo. Às vezes, até guarda tudo de volta. Você se identifica com esse processo?

APLICANDO O MINIMALISMO DO JEITO ERRADO

Como apliquei o minimalismo na prática

Como apliquei o minimalismo na prática

Começando pelo começo. Quando descobri o Minimalismo e comecei a ler livros, assistir vídeos e acompanhar blogs lá de fora — dos EUA principalmente —, eu estava num momento de muitas mudanças na minha vida. Mãe de primeira viagem, tinha me desligado da empresa onde trabalhava, tinha engordado 20 quilos e perdido mais que isso em um curto intervalo de tempo.

Fui de 61kg para 82kg e depois pra 54kg. Acho que se eu pudesse realmente escutar o meu corpo naquela época ele devia estar gritando, em pânico: “o que está acontecendo aqui? Estou em uma montanha russa e ninguém me avisou!”.

Eu cometi muitos erros por impulsividade. Vi nesse estilo de vida uma luz no fim do túnel, e tive literalmente episódios de catarse. Coloquei tudo para fora: primeiro dos armários e depois de casa. Sem pensar muito, eu só ia tirando tudo para fora.

Achei que colocando o minimalismo na prática o mais rápido possível na minha casa eu ia resolver todos os problemas da minha vida. Doce ilusão! Desde quando “destralhar” a casa toda vai mudar por completo a nossa vida?

No quarto eu tirei todas as minhas roupas do armário e comecei a separar para doação tudo aquilo que não me servia naquele momento, tudo o que me lembrava do antigo trabalho e do Burnout, tudo o que não era confortável de vestir para cuidar de um bebê, tudo o que não era fácil estar usando na hora de amamentar ele.

Todos os sapatos de salto, todas as bolsas sociais, todos os colares — porque o João Pedro podia puxar e arrebentar — todos os acessórios que eram grandes demais, brilhosos demais, e que não combinavam com meu novo estilo de mãe em tempo integral. Ou seja, eu doei uns 80% de tudo o que eu tinha, e vendi 2 bolsas de marca que eu tinha trazido do Canadá.

Na sala e quarto de hóspedes/escritório eu tirei livros, almofadas, capas de almofadas, tapetes, quadros, decorações, cobertores, edredons, lençóis, toalhas… e mais um monte de coisas que nem me lembro mais.

Na cozinha fizemos o exercício de Packing Party, dos minimalistas, que consiste em empacotar tudo o que você tem, como se estivesse de mudança, e só ir tirando da caixa quando for utilizar. O que fica nas caixas depois de 15 dias vai pra doação ou venda. E foi isso o que fizemos. Acho que na cozinha foi o único lugar que fizemos esse desapego com mais assertividade.

Na mudança, quando vendemos a casa, doamos um caminhão inteiro de coisas. Sim, um caminhão baú daqueles de tamanho médio, sabe? Tudo que a gente tinha acumulado ao longo de 7 anos de relacionamento e que entendemos que não faria parte da nova vida no campo e numa Tiny House, doamos para o pessoal que fez nossa mudança, sem pensar muito. Hoje lembro que doamos coisas que poderiam ser úteis na casa dos meus cunhados em São Paulo ou que poderíamos ter vendido e ter revertido os valores para o nosso sustento, já que estávamos começando uma nova vida.

COMO APLICAR O MINIMALISMO DO JEITO CERTO

Como aplicar o minimalismo do jeito certo

Aos poucos fui criando mais consciência. Fui sentindo falta de coisas que eu tinha impulsivamente doado ou vendido e, parando pra refletir sobre o porquê de eu ter me desfeito daquilo, que eu fui percebendo o quanto nossos objetos estão carregados de emoções e lembranças, tanto boas quanto ruins.

Durante o processo de desapego material eu percebi que o minimalismo não é apenas sobre se livrar de coisas físicas, mas também sobre mudar a nossa mentalidade e os nossos hábitos. É sobre consciência, descoberta e consistência.

Eu não queria só me desapegar dos excessos físicos, muito mais do que isso, eu queria me desapegar do que estava dentro de mim. Das dores, dos traumas, das frustrações, das inseguranças, do medo, das expectativas, e de tantos outros sentimentos que eu carregava.

Eu venho de uma família que já teve muito — muito mesmo — e que perdeu tudo. Fui criada com esses sentimentos controversos de abundância e de escassez, e com um sentimento de insegurança inconsciente plantados em nós. Já tive muito e já tive pouco. Já fui muito consumista e podendo consumir muito quando morei fora do Brasil. Tive trabalhos diferentes, mas ganhava bem e tinha um bom poder aquisitivo. Acreditava que a minha felicidade estava naquelas coisas pelas quais eu podia pagar e sonhava em poder ganhar mais pra comprar mais.

Foi só quando comecei a olhar para dentro de mim mesma, a voltar a me reconhecer no espelho, na minha fala, no meu agir, no meu pensar que eu passei a ter real percepção dos meus apegos. Quando entendi que não bastava refletir sobre por que eu estava segurando ali nas minhas mãos coisas que não me traziam felicidade ou significado, mas ir mais fundo e perceber porque tinha comprado aquilo em primeiro lugar, que o processo todo mudou, passou a ser mais leve e libertador.

Assista ao vídeo Como Apliquei o Minimalismo na Prática para saber mais!

Conforme fui conscientemente me desfazendo de roupas, objetos e até mesmo relacionamentos que não eram saudáveis para mim, o minimalismo me ajudou a focar no que realmente importa na minha vida e a viver com mais intencionalidade.

Eu espero que você também tenha sempre a oportunidade de aprender com os erros da vida e a se perdoar quando eles acontecerem.

Já passou por algo parecido e se identificou com o que te contei? Venha contar para mim no evento Caminho do Minimalismo na Prática!

Estou montando um grupo de pessoas que vou acompanhar e ajudar a por o minimalismo no prática através do Método da Mandala, se você quer conhecer esse método, e quer aplicar o minimalismo esse ano, venha participar da minha primeira aula, o evento é gratuito. Para participar basta clicar no link: https://belalbornoz.com.br/caminho-do-minimalismo-na-pratica/

 

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Quem somos

Somos uma família que vive um estilo de vida minimalista em uma Tiny House sobre rodas projetada e construída por nós, e que compartilha conhecimento e experiência com o objetivo de empoderar pessoas em busca de uma vida simplificada e livre, através da Comunidade Pés Descalços, Mentorias e Redes Sociais.

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