Talvez sua cabeça esteja doendo há dias. E o peito também. Talvez levantar da cama esteja exigindo de você um esforço invisível, mas exaustivo. Talvez você esteja tentando parecer bem por fora, mesmo quando se sente em pedaços por dentro. Talvez você está passando pelo mesmo que eu, depressão.
Se esse é o seu caso, eu escrevi este artigo pensando em você. Aqui, compartilho 5 práticas que têm me ajudado a atravessar uma nova crise de depressão — acompanhada, mais uma vez, das minhas já conhecidas crises de enxaqueca.
Não é uma fórmula mágica. Mas é um mapa possível. Um caminho real, feito de pequenos passos, que têm me devolvido a presença, a leveza e o autocuidado.
Aprendi nessa última crise o quanto a busca por ajuda é essencial, e que primeiro eu preciso aceitar que sozinha eu não consigo mais encontrar meu equilíbrio. Cansei de viver altos e baixos, e deixar com que as crises prejudiquem minha vida profissional, emocional e social.
Tenho tido como meu grande aliado, o autoconhecimento, não é um processo fácil e simples, pelo contrário, quando mergulhamos em nós, descobrimos coisas que antes não víamos, nos deparamos com dores, mágoas e crenças que precisam ser curadas. Mas hoje eu acredito que não há outro caminho, a não ser esse, de olhar para nossas sombras, para finalmente então poder ver a nossa luz.
Eu contei aqui nesse post na semana passada em mais detalhes tudo o que tenho vivido e porque fiquei longe das redes sociais por tantos meses.
1. Tratamento e terapia com acompanhamento médico
A depressão é uma doença. E como qualquer outra, precisa de tratamento.
Hoje sou acompanhada por uma psiquiatra com especialização em Medicina Antroposófica. Utilizo medicamentos manipulados que respeitam meu corpo, meu momento e minha individualidade.
Além disso, continuo meu processo terapêutico com uma psicóloga. A terapia me ajuda a enxergar os padrões que me prendem, os sentimentos que escondo, e os caminhos internos que preciso visitar com mais verdade.
Se você ainda não buscou ajuda profissional, esse pode ser o primeiro e mais importante passo.
2. Movimento diário — mesmo sem vontade
Nos dias mais difíceis, tudo o que eu queria era me esconder. Mas comecei a me desafiar a dar pequenos passos de movimento: uma caminhada, um treino leve, subir escadas, alongar o corpo.
A atividade física não é apenas sobre estética ou energia — é sobre sustentar o peso emocional. É uma faxina interna.
Corpo que se move, mente que respira.
3. Dançar sozinha, como um gesto de resistência
Essa foi a recomendação mais inusitada da minha psiquiatra. E talvez a mais transformadora.
Dançar, mesmo por poucos minutos por dia, tem aumentado meus níveis de dopamina, serotonina e endorfina. Tem me reconectado com a alegria, com o corpo, com o presente.
Não precisa de técnica. Nem de plateia. Só de vontade de se lembrar: eu ainda estou aqui.
4. Comer com presença e intenção
Não é sobre dieta. É sobre consciência.
Percebi como minha alimentação oscilava junto com o meu humor: compulsão nos dias ansiosos, falta de apetite nos dias tristes. Aprendi a respeitar os sinais do corpo e a criar uma rotina alimentar mais nutritiva, gentil e regular.
Alimento também é afeto.
5. Conversar com alguém — mesmo quando o mundo pede silêncio
Isolamento é tentador quando estamos em crise. Mas conversar tem sido uma das formas mais potentes de me lembrar que não estou sozinha.
Tenho retomado conversas com amigas, buscado trocas sinceras e participado de encontros com mulheres que também buscam leveza.
Conexão cura.
Quer aprofundar?
No vídeo completo que publiquei no canal, eu compartilho essas e outras 5 práticas com mais detalhes, experiências pessoais e aprendizados que podem te inspirar a criar sua própria travessia.
🌿 Se você está atravessando um momento difícil, saiba que você não está sozinha.